quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Resenha do Filme: Ensaio sobre a cegueira




Eu estava absurdamente louca de vontade de ver esse filme, li uma resenha no jornal e desde então estou "caçando" na locadora, e fui na blockbuster, nas de bairro e só ontem consegui locar, eis que faltei na facu pra pegar meu carro novo e fui pra casa assistir. Simplesmente maravilhoso, fazia tempos que não classificava um filme assim.
O filme que é uma adaptação do livro de José Saramago, conta a história de uma repentina cegueira que atinge um homen e o mesmo vai no oftalmologista, depois disso o próprio médico fica cego e assim várias pessoas também, o governo os leva para ficar em um "abrigo" mais parecido com um manicômio e não há nenhuma ajuda, imagina um bando de cego tudo junto? but a mulher do oftalmo é a única pessoa que não ficou cega, ela instintivamente vai junto com o marido para o "abrigo" e ela começa a fingir que também é cega, mas dá suporte a todos. Olha o filme tem partes muito pesadas, tensas,a mulher do oftalmo e todos tem que enfrentar racionamento de comida e além disso um grupo arruma uma arma e ai começa a tomar conta da comida, fazendo com que as pessoas cegas dêem objetos de valor em troca do alimento, eis que chega uma hora em que já se deu tudo e o tal grupo agora pede as mulheres, uma parte bem didficil, mas nem tanto para as outras mulheres, pois elas estavam cegas, mas a mulher do médico vê tudo, tem horas que foi demais pra mim. Eles conseguem tacar fogo no manicomio e percebem que a cidade inteira está um caos e todos cegos, vem a luta por comida e o instinto de sobrevivência fala mais alto.
Engraçado que no meio de toda essa história, o sexo está presente, mesmo na ausência de visão, de alimento e de limpeza, uma parte que me deixou fula da vida, foi onde o médico reclama com a mulher que não conseguer "ver" os dois mais como casal, pois ela dá banho, troca ele, horas o que ela deveria fazer? Uma das moças cegas vai levar comida pra o dr. e eles consumem o ato sexual e de traição, a mulher do médico aparece bem no final e ignora a situação, como pode? instinto de "macho"? não sei.
Resumindo o filme em geral tenta mostrar como o ser humano chega ao estremo, e como se pode na ausência de sentidos tentar sobreviver dignamente, mas mostra o lado animal, onde sobreviver muitas vezes é o único objetivo. Gostei por não ser uma filme bobo que colocaria a tal mulher para tentar salvar o mundo. Super recomendo!
Vc assistiu? o que achou?

10 comentários:

Hannah Ramos disse...

hahaha justamente ontem eu estava tentando assistir a esse filme com uma amiga minha, mas o dvd estava arranhado e realmente ele parece muito interessante.

ÓTIMA.COMPRA disse...

Oi, Taína!

Já espiei os dois blogs, mas esse foi o preferido! Muito bom! ;)

Vou ler sempre antes de ir ao cinema...rs

Beijo!

Ana

P.S.: Quando quiser comprar alguma coisinha, viu? rs

Anônimo disse...

Esse filme conseguiu me dar ansia, é muito bom, ´somente ele e "Os estranhos" conseguiram mexer com meu psicológico, to adorando o blog Thaina, but, cadê as virgulas menina? Parece a Jenniferfalando....
{^_^}

C disse...

Hanah pega denovo pra ver, vale super a pena!! bju obrigado pela visita!

Player olha o sujo falando do mal lavado! kkkk valeu pela visita!
bjs

Anônimo disse...

Olha...

Eu entendi o fato da mulher do médico ter "aceitado" a traição. No livro fica melhor porque "ouvimos" os pensamentos da personagem...

É o seguinte: ela é justamente a única que consegue ver, mas ela é a única que consegue ver inclusive além dos olhos. Ela percebe que o marido dela está passando por uma sensação de impotência, se sentindo mal por saber que sua esposa está enfrentando tudo aquilo sozinha e que ela é mais forte que todos. A soberania dela o incomoda. E não é só pq ela é mulher, mas é porque ela é indispensável. Ele quer se sentir desejado e, na concepção dele, a mulher o vê além das máscaras, sabe tudo que há de podre nele. A menina, cega como ele, não. E é por isso que ela é soberana: a esposa consegue ver sobre tudo aquilo e ainda o ajudá-lo. Ajudar a todos. É como se ela soubesse que a "obrigação" dela é ajudar e que TODO ser HUMANO é imperfeito e perdoável. Nada é preto e branco. É isso...

Sobre o filme: ele é perfeito em todos os sentidos, principalmente para quem leu o livro. Adaptação impecável!

;)

C disse...

Puxa, adorei sua interpretação, mas mesmo assim, continuo achando uma puta sacanagem do marido, que em meio a tantos problemas, podridão, importa-se com vaidade.

Anônimo disse...

É eXtremo, e não eStremo.

rycellioesport disse...

queria saber, pq a mulher é a unica a enxergar e pq ela nao fica cega...

João Victor disse...

Eu acho que a grande questão do filme é: As pessoas enxergam mas na realidade não veem!"
isso se torna bem claro quando no final do filme, o narrador fala sobre a mulher do médico"pensativa"; na realidade ela reflete sobre tudo isso... o ser humano constrói um mundo sem se importar com nada só enxerga seu próprio umbigo, quando lhe é privada a visão ele vê o seu mundo desmoronar, e regride... tornam-se novamente irracionais, animais.
é uma crítica literal sobre um problema absolutamente metafísico:Até onde nossa visão alcança? nos realmente podemos ver? O pilar que sustenta nossa existência é seguro ou nossa vida está por um fio e nossa visão limitada não nos permite ver?
vlew o blog é ótimo parabéns!

Anônimo disse...

Baixar o Filme - Ensaio Sobre a Cegueira - Adaptação da obra de José Saramago - http://mcaf.ee/eaznd